Por
Jânsen Leiros Jr
"23 Ora, Jesus, ao começar o
seu ministério, tinha cerca de trinta anos; sendo (como se cuidava) filho de
José, filho de Eli; 24 Eli de Matate, Matate de Levi, Levi de Melqui, Melqui de
Janai, Janai de José, 25 José de Matatias, Matatias de Amós, Amós de Naum, Naum de
Esli, Esli de Nagai, 26 Nagai de Maate, Maate de Matatias, Matatias de Semei, Semei
de Joseque, Joseque de Jodá, 27 Jodá de Joanã, Joanã de Resa, Resa de Zorobabel, Zorobabel
de Salatiel, Salatiel de Neri, 28 Neri de Melqui, Melqui de Adi, Adi de Cosão, Cosão de
Elmodã, Elmodão de Er, 29 Er de Josué, Josué de Eliézer, Eliézer de Jorim, Jorim de
Matate, Matate de Levi, 30 Levi de Simeão, Simeão de Judá, Judá de José, José de Jonã,
Jonã de Eliaquim, 31 Eliaquim de Meleá, Meleá de Mená, Mená de Matatá, Matatá de
Natã, Natã de Davi, 32 Davi de Jessé, Jessé de Obede, Obede de Boaz, Boaz de Salá,
Salá de Nasom, 33 Nasom de Aminadabe, Aminadabe de Admim, Admim de Arni, Arni
de Esrom, Esrom de Farés, Farés de Judá, 34 Judá de Jacó, Jacó de Isaque, Isaque de Abraão, Abraão de
Tará, Tará de Naor, 35 Naor de Seruque, Seruque de Ragaú, Ragaú de Faleque, Faleque
de Eber, Eber de Salá, 36 Salá de Cainã, Cainã de Arfaxade, Arfaxade de Sem, Sem de
Noé, Noé de Lameque, 37 Lameque de Matusalém, Matusalém de Enoque, Enoque de Jarede,
Jarede de Maleleel, Maleleel de Cainã, 38 Cainã de Enos, Enos de Sete, Sete de Adão, e Adão de Deus”
Lucas 3:23-38 - JFA
Tanto o batismo de Jesus, quanto o
relato de sua analogia e logo depois sua tentação no deserto, marcam na
narrativa de Lucas o começo do ministério de Jesus, destacando alguns aspectos
importantes, que sustentarão diversas condições e circunstâncias em todo o
restante do seu evangelho.
Se o batismo evidenciou que Jesus e não
João era o Messias, o Filho de Deus, o ungido aguardado, a nomeação de sua
analogia apontará para uma humanidade extremamente necessária na compreensão de
sua existência. Isso porque Teófilo, para quem está endereçado o evangelho de
Lucas, sendo de cultura grega, obviamente está familiarizado com os semideuses mitológicos,
cujos feitos extraordinários em suas histórias, deviam-se à sua natureza em
parte divina. Lucas precisava reafirmar tantos a humanidade plena de Jesus, de
genealogia sabidamente humana em todos os seus ancestrais até Adão, bem como sua
total dependência da atuação do Espírito de Deus nele e por ele.
Há algumas divergências entre a
genealogia elaborada por Lucas, se comparada a genealogia descrita por Mateus
em sua narrativa. Embora haja coincidência dos nomes de Abraão até Davi, é muito
difícil entender por quais razões, a partir do rei Davi, um toma o caminho da
linhagem de José, no caso de Mateus, e o outro o de Maria, no caso de Lucas. Talvez
esse último quisesse reafirmar o nascimento virginal de Jesus, ma vez que José, sabidamente pai de Jesus, é
colocado como filho de Eli, pai de Maria, como "filho" adotivo devido
ao seu casamento.
Qualquer que tenha sido o mote exato,
contudo, é claro e relevante que seguindo a genealogia em retrocesso até Adão,
homem gerado por Deus diretamente e sem pai terreno, Jesus é apontado como o
novo Adão. Isso sustentará mais tarde a teologia premente em todo o Novo
Testamento, que coloca Jesus como o segundo Adão, comparando suas posições de
convergência na história da humanidade, onde se por um entrou no mundo o
pecado, por outro se teve acesso à salvação[1].
Em última análise, é impressionante perceber
que por mais desnecessário que possa parecer, mesmo uma genealogia pode trazer
embutidas importantes revelações aos nossos corações, demonstrando em detalhes
supostamente desprezíveis, o cuidado de Deus em esclarecer a redenção que disponibiliza
a toda humanidade. Pois se tantos, em sequência, são filhos uns de outros, a
partir de Jesus todos podem, no fim, tornarem-se filhos de Deus. E você, o que
está esperando?
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